top of page
Buscar

"Brasil tem uma geração de filhos de feminicídios", diz coordenadora do MJ...

Foi após fazer uma série de lives sobre políticas de proteção às crianças, em junho de 2020, que a socióloga e major Daniele Alcântara, 39, chamou a atenção do Ministério da Justiça. Convidada para ser coordenadora de Políticas de Prevenção de Crimes contra a Mulher e Grupos Vulneráveis, na Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), passou a comandar também o ProMulher (Projeto de Prevenção de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher), que completa hoje um ano de criação.

Na Polícia Militar há 18 anos, doutora em Sociologia e mestre em Educação, Daniele diz ter como objetivo criar políticas públicas para melhorar o atendimento de vítimas de violência doméstica, um dos grandes entraves para que mais pessoas denunciem agressões. "Se não houver competência do policial para ouvir a mulher, ela vai ser revitimizada, vai ter que repetir o que sofreu várias vezes ou então ser ridicularizada, exposta. Estamos formulando cursos de qualificação para profissionais de todo o país nesse sentido", afirma.

Em entrevista a Universa, Daniele faz um balanço de um ano do ProMulher, fala dos maiores entraves para conter os crimes de gênero no país, das gerações que cresceram vendo mães sendo atacadas e relembra os preconceitos que sofreu durante a carreira. "Desde que comecei a ir para a rua, como policial, percebi um movimento masculino muito violento de autoafirmação. Ouvi muito que parecia um homem trabalhando, que era mais macho que muito homem. É preciso respeitar a diversidade.".


Daniele Alcântara coordena área de políticas de prevenção de crimes contra a mulher no Ministério da JustiçaImagem: Divulgação


Camila Brandalise

De Universa

11/02/2021 04h00Atualizada em 11/02/2021 08h55


4 visualizações

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page